Trajetória do Conselho Diretor do Sion Curitiba revela amor ao Colégio e a missão assumida

A diretoria do Colégio Sion Curitiba foi homologada recentemente, mas as quatro responsáveis já possuem larga trajetória como educadoras, experiência com o Método Montessori- Lubienska-Ramain, assim como uma grande convivência com a fundadora, a Irmã Maria Cristina.
São elas: Sandra Sfair, Luciana Suplicy Gonçalves, Magda Lopes Bacellar e Juliana Pedroso. Conheça um pouco mais de cada uma delas.
Luciana Suplicy Gonçalves, diretora da sede Solitude, fez toda sua trajetória no Sion, tanto como aluna quanto como docente. Ela entrou no Colégio aos 5 anos e formou-se no Magistério do Sion. Trabalhou como professora de Educação Infantil e Séries iniciais, foi coordenadora das Séries Finais, Ensino Médio, além de Supervisora Pedagógica. Faz parte da equipe de coordenação há 24 anos.
Irmã Cristina sempre esteve ao nosso lado
Ela conta como a Irmã Cristina foi sutil ao passar o bastão aos poucos para as diretoras. “Em 2009, Juliana, Magda e eu fomos chamadas pela Irmã Cristina para representarmos o Colégio no primeiro encontro internacional dos colégios Sion, na França. A partir desse ano, aos poucos, com muito cuidado e sabedoria, Irmã Cristina foi nos orientando para que assumíssemos os Colégios. Ela esteve sempre ao nosso lado, mas já tínhamos novas
responsabilidades”, conta. Luciana sempre foi encantada pelo Colégio Sion e afirma que o encaixe da metodologia Montessori-Lubienska com o método Ramain é o grande diferencial. “ Ver a sensibilidade dos nossos alunos e o olhar que eles têm para o outro e para o mundo nos enche de orgulho e esperança. É esse legado que nos foi dado que queremos dar continuidade”, afirma.

Convívio e continuidade à obra
Magda Lopes Bacellar, por sua vez, assume o cargo de diretora do Colégio Sion Batel, integrando o colegiado encarregado pela gestão dos colégios Sion de Curitiba. “Escrevi grande parte de minha história de estudante nos bancos do Colégio Sion. Cheguei ainda pequena e concluí meus estudos do Ensino Médio. Fiz a opção pelo Magistério. Em plena adolescência, Irmã Cristina investiu em minha formação com o convite para “ajudar” nas turmas de Educação Infantil. Essa foi a porta de entrada para o mundo da educação, foi quando me apaixonei pela profissão”, relembra.
Para ela, a direção envolve liderança, tomada de decisão, a administração da instituição. Com esse desafio, Magda aponta que a Irmã Cristina tinha o dom de escolher, acolher e transformar a vida das pessoas. “Ela desafiava e incentivava que fizéssemos além do óbvio, do previsível, fôssemos adiante. Grande mestra, instigava e propiciava que crescêssemos, estudássemos, aprendêssemos. Ela nos presenteou com a convivência de grandes teólogos e artistas. Foram anos de grande privilégio e aprendizado que vivi ao seu lado”, afirma.
Irmã Cristina começou a preparar a sucessão muito cedo e de forma sutil, seguindo a tendência observada em outros países de que a direção fosse exercida por leigos. “E ela investiu, em nós, os leigos. Sabia que, no futuro, trabalharíamos a serviço das irmãs, na obra e no carisma da Congregação”.
A direção herdou uma intuição de ensino com uma identidade forte e o compromisso é reafirmar essa identidade e preparar a próxima geração de professores e educadores de Sion.
Tudo isso sem perder o olhar especial que a Irmã Cristina tinha para cada aluno, cada família, cada funcionário. “Sion é minha vocação, meu ofício, minha vida. Aqui cresci e eduquei meus filhos. Aqui me realizo profissionalmente. Quero honrar toda a confiança que as Irmãs depositaram em mim e elevar o nome e toda a obra que Irmã Cristina construiu. Quero poder ajudar a escrever essa história e garantir que essa obra seja perene”, diz.
Decisões colegiadas: mais cabeças pensam melhor
Sandra Sfair, da equipe de Direção do Sion Solitude, contabiliza quase 60 anos de convivência com a Irmã Cristina. “Fomos e continuamos a ser amigas-irmãs para sempre! Estivemos juntas sempre em comunidade, nos trabalhos no Sion Batel, na Escola Joaquim Franco, depois Colégio Sion Solitude, na implementação do Ramain, nos cursos com os padres dominicanos, beneditinos, jesuítas, ao longo de todo esse tempo”.
Quando ela ficou doente, Sandra conta emocionada um pensamento confessado à diretora:
“Meu maior medo é que esse meu sonho morra comigo!”. Ao que Sandra respondeu: “Durante todo esse tempo, você preparou pessoas. Elas vão dar continuidade. Eu vou dar continuidade. Nós estaremos eternizando você e toda essa criação, sonho seu, não é, Cristina?”.
Agora como diretoras, Sandra afirma que as decisões são colegiadas entre as quatro, com muita troca e diálogo. “As atribuições acontecem sempre em equipe. Afinal, mais cabeças pensam melhor, e o trabalho resta leve, eficaz, rico”.
Ela conta seu maior desejo: “Que o sonho, esse trabalho tão lindo, árduo e querido não fique jamais pelo caminho. E não ficará! Há gente com garra, conhecimento, perspectiva, coragem para não largar mão de toda essa obra. Pode ter certeza!”
Para Sandra, Sion é tudo. “É minha vida: o ar que respiro, a lágrima que derramo, a água que tomo, o acalanto que embalo, a esperança de ver educadas muitas gerações para a frente, com Maria Montessori, Lubienska de Lenval, Simonne Ramain, Maria Cristina de Sion”.

Cuidar do colégio com os olhos da Irmã Cristina
Juliana Pedroso, da Equipe de Direção e responsável pela Comunicação e Marketing do Sion em Curitiba, sempre conviveu com a Irmã Cristina. Ela entrou com 2 anos no Sion e se formou também no Magistério do colégio. “Com 13 anos a Irmã Cristina já me convidou para dar aula.
Foi uma alegria enorme. Lecionei em todos os lugares. Da maneira vanguardista, a Irmã Cristina nos colocava em vários lugares diferentes para aprender a enfrentar os desafios de todas as maneiras. Muitas vezes a gente chorava, outras não gostava e torcia o nariz, mas a gente abraçava a causa, tomava coragem e ia em frente”, relembra.
Para Juliana, Sion é casa, onde materializa o sonho de formar seus filhos e criar muitas gerações com o mesmo cuidado que a Irmã Cristina tinha com tudo. “Sou uma pessoa extremamente feliz por poder aplicar o que aprendi na formação de Comunicação e Marketing, no lugar onde eu amo estar”.
Juliana conta que o Conselho Diretor formado pelas quatro diretoras tem como característica o trabalho conjunto, uma das condutas apreciadas pela Irmã Cristina. “É uma responsabilidade imensa que a gente cuide do colégio com os olhos dela. É a nossa missão. Nunca seremos a Irmã Cristina, mas nós aprendemos muito com ela e sabemos como ela pensava”.
Sion, lugar de acolhimento
Ela afirma que a perda da Irmã Cristina aconteceu justamente no ano de pandemia, e já foi o primeiro desafio enfrentado. “Vivemos uma mistura de sentimentos em 2020 e a expetativa é de que a gente continue uma educação de qualidade diferenciada, com uma metodologia especial, que não é só montessoriana, mas também é Lubienska e Ramain”.
Juliana diz que a palavra maior é acolher as pessoas, suas necessidades e desejos. “Isso é o que mais nos interessa no momento. Ser um local de acolhida. O Sion é minha missão, meu projeto de vida, porque só a educação transforma o mundo. Instigar o senso crítico, a forma de ver o mundo, ser questionador, ter opinião fundamentada. Isso resume o que é o Sion. Aqui é uma casa de formação de pessoas de verdade, que tenham humanidade, empatia, que façam a diferença no mundo. A gente não desiste desse sonho e dessas crianças e jovens que nós amamos”, conclui.

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